quarta-feira, 26 de novembro de 2014


Os mistérios do Ebola


Muitos brasileiros com toda a certeza já ouviam falar no Ebola, um vírus que tem levado milhares de pessoas à morte. Este artigo foi pensado para tirar todas as dúvidas, esclarecer sintomas, precauções e destrinchar tudo sobre essa doença.

O Ebola, conhecido também como “FHE” ou Febre Hemorrágica Ébola, é uma doença provocada por esse mesmo vírus. Seus sintomas começam a aparecer em torno de duas a três semanas após a infecção, e se manifestam através de febre, dores musculares, de garganta e cabeça. Em segundo plano podem ser diagnosticados náuseas, vômitos e diarréia, a par de insuficiências hepática e renal.  
  
A principal via de infecção se faz ao contato direto com o sangue ou fluidos corporais de humanos ou algum animal infectado, mas especificamente macacos ou morcegos-da-fruta. Após a infecção, a doença é transmitida de pessoa a pessoa, incluindo o contato entre indivíduos mortos. O homem infectado sobrevivente continua a ser capaz de transmitir o vírus por cerca de dois meses por via sexual. O Ébola exige um pouco mais de atenção por ser uma doença altamente contagiosa e mortal e em razão dos sintomas apresentados serem bastante semelhantes aos de outras doenças como malária, cólera ou outras febres hemorrágicas virais. Para a confirmação do diagnóstico o sangue é posteriormente analisado para detectar a presença de anticorpos do vírus ou ARN viral.

A prevenção inicial constitui em procurar medidas que diminuam o risco da propagação entre porcos e macacos e os seres humanos, como a detecção, rastreio e sacrifício imediato de animais infectados. Outro modo para diminuição dos riscos é ter bastante cuidado no preparo e cozinho do alimento proveniente de animais, tal qual a devido vestuário de proteção tanto ao prepará-los, como em contato com indivíduos portadores da doença.

Ainda não foi registrado nenhum caso de Ébola no Brasil, porém o governo afirma estar preparado tanto para o resgate de brasileiros que possam a vir contrair a doença em outros pais, quanto para tratar casos originados em território nacional. O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), na cidade do Rio de Janeiro e outros hospitais de referência espalhados em todos os Estados e no Distrito Federal foram os escolhidos para receberem os pacientes.

Até o momento não há vacinas ou medicamentos específicos para impedir a contaminação pelo vírus, ainda que haja esforços no sentido de desenvolver uma vacina. Uma empresa japonesa, sediada em Tóquio, disse nesta segunda-feira (24) que está pronta para oferecer uma droga experimental para ajudar a conter a onda global de Ebola.

A doença tem uma taxa de mortalidade extremamente elevada, até cerca de 90% e geralmente ocorre durante surtos em regiões tropicais da África. Foi identificada pela primeira vez no Sudão e na República Democrática do Congo em 1976 e, atualmente, registra-se como o maior surto do Ébola de todos os tempos.

Dyego Terra

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