Os mistérios do Ebola
Muitos brasileiros com toda a
certeza já ouviam falar no Ebola, um vírus que tem levado milhares de pessoas à
morte. Este artigo foi pensado para tirar todas as dúvidas, esclarecer
sintomas, precauções e destrinchar tudo sobre essa doença.
O Ebola, conhecido também como “FHE” ou Febre Hemorrágica Ébola, é uma doença provocada por esse mesmo vírus. Seus sintomas começam a aparecer em torno de duas a três semanas após a infecção, e se manifestam através de febre, dores musculares, de garganta e cabeça. Em segundo plano podem ser diagnosticados náuseas, vômitos e diarréia, a par de insuficiências hepática e renal.
A principal via de infecção se faz ao contato direto com o sangue ou fluidos corporais de humanos ou algum animal infectado, mas especificamente macacos ou morcegos-da-fruta. Após a infecção, a doença é transmitida de pessoa a pessoa, incluindo o contato entre indivíduos mortos. O homem infectado sobrevivente continua a ser capaz de transmitir o vírus por cerca de dois meses por via sexual. O Ébola exige um pouco mais de atenção por ser uma doença altamente contagiosa e mortal e em razão dos sintomas apresentados serem bastante semelhantes aos de outras doenças como malária, cólera ou outras febres hemorrágicas virais. Para a confirmação do diagnóstico o sangue é posteriormente analisado para detectar a presença de anticorpos do vírus ou ARN viral.
A prevenção inicial constitui em
procurar medidas que diminuam o risco da propagação entre porcos e macacos e os
seres humanos, como a detecção, rastreio e sacrifício imediato de animais
infectados. Outro modo para diminuição dos riscos é ter bastante cuidado no
preparo e cozinho do alimento proveniente de animais, tal qual a devido
vestuário de proteção tanto ao prepará-los, como em contato com indivíduos
portadores da doença.
Ainda não foi registrado nenhum
caso de Ébola no Brasil, porém o governo afirma estar preparado tanto para o
resgate de brasileiros que possam a vir contrair a doença em outros pais,
quanto para tratar casos originados em território nacional. O Instituto
Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), na cidade do Rio de Janeiro e
outros hospitais de referência espalhados em todos os Estados e no Distrito
Federal foram os escolhidos para receberem os pacientes.
Até o momento não há vacinas ou
medicamentos específicos para impedir a contaminação pelo vírus, ainda que haja
esforços no sentido de desenvolver uma vacina. Uma
empresa japonesa, sediada em Tóquio, disse nesta segunda-feira (24) que está
pronta para oferecer uma droga experimental para ajudar a conter a onda global
de Ebola.
A doença tem uma taxa de
mortalidade extremamente elevada, até cerca de 90% e geralmente ocorre durante surtos em regiões
tropicais da África. Foi identificada pela primeira vez no Sudão e na República Democrática do Congo
em 1976 e, atualmente, registra-se como o maior surto do Ébola de todos os
tempos.
Dyego Terra
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